Bom Dia, Verônica: Santoro diz que Brasil não está atrás de Holywood

Bom Dia, Verônica lança sua terceira temporada, nesta quarta-feira (14/2), com Rodrigo Santoro e Tainá Müller no elenco

Rodrigo Santoro é um dos principais nomes do Brasil em Hollywood. Famoso por tramas como 300, Power e As Panteras Detonando, o ator retorna para as produções nacionais na terceira temporada de Bom Dia, Verônica, e afirma que o cinema brasileiro não deve nada para ninguém — inclusive quando se fala na gigantesca indústria norte-americana.

Em coletiva de imprensa com jornalistas sobre a série da Netflix, na qual o Metrópoles esteve presente, Santoro comentou sobre o retorno para produções nacionais e comparou a qualidade do cinema brasileiro com o americano.

“A qualidade do que a gente está produzindo, é uma qualidade que se equipara a qualquer produção, em qualquer lugar do mundo. A gente não está de maneira nenhuma atrás de ninguém no mundo, nem de Hollywood”, afirmou.

O ator ainda disse: “A única diferença seria a questão do orçamento. Você estar numa produção grande, onde você tem uma estrutura grande, muitas câmeras, muita equipe, muita gente, muito pressuposto para poder produzir aquilo. Ou você está numa produção com orçamento menor, onde a forma de trabalhar é mais artesanal, você tem uma câmera, você não tem tanto tempo”.

Na produção da Netflix, que chegou ao catálogo nessa quarta-feira (14/2), Santoro vive Jerônimo, um criador de cavalos milionário que dá o encerramento a trama de Verônica Torres, vivida por Tainá Müller.

Sobre interpretar o personagem, que conta com boas doses de violência e agressividade, Santoro alegou que passou por uma preparação física e se inspirou em histórias reais para entender a profundidade e a maldade de seu personagem.

“Eu pesquisei a vida real e encontrei referências na vida real. É muito triste você pensar que aquilo não é exatamente uma ficção”, declarou o ator.

Vilã ou mocinha?

Com apenas três episódios, a temporada final de Bom Dia, Verônica aborda violência contra a mulher, tráfico humano, incesto e outros tipos de violência, voltado, principalmente, para o feminicídio.

“[A Verônica] Vai ficando cada vez mais como uma personagem de HQ [história em quadrinhos]. A gente tem pouco super-mulheres e todos [os personagens de quadrinhos] tem muitas contradições. A gente está diante de uma heroína ou anti-heroína com todas as suas luzes e suas sombras, e que ao longo das temporadas, vai se deparando cada vez mais com as próprias sombras.”

Sobre a tendência de Verônica a se vingar com as próprias mãos de violências constantes sofridas por mulheres em todo o mundo, Tainá opina: “A arte serve para uma experiência catártica, onde dá essa lavada na alma, onde tudo é permitido, diferente da vida.”

Kim Costa Nunes / NetflixTerceira temporada de Bom Dia, Verônica - Metrópoles

Encontro de gerações

Bom Dia, Verônica: A Caçada Final fechou a “santíssima trindade dos diabos gostosos” com Eduardo Moscovis, Reynaldo Gianecchini e a chegada de Santoro na terceira temporada. De acordo com o ator, a reunião do trio tira a imagem de que vilões se tratam apenas de pessoas feias.

“É realmente curioso unir esses três atores nesse momento, em que estamos mais maduros, em que a gente está podendo experimentar e se colocar num lugar diferente como artista. E talvez desconstruir um pouco esse lugar do galã. Lobo em pele de cordeiro, né?”, apontou.

 

Fonte: Juliana Barbosa/Metrópoles

Comentários

Mais Notícias |